Não vês a sombra do desejo
Furtiva em cada esquina do teu gesto
Não vês que tudo aquilo que em ti vejo
É tudo em que o amor é manifesto
Não vês as mariposas no cabelo
E a rosa que em teus lábios se desnuda
Não vês que o teu olhar é o modelo
das vinte madrugadas de Neruda
Não vês no teu sorriso o fogo-posto
que lavra nos fados onde morei
Se não vês tudo isto no teu rosto
perdoa, meu amor, porque ceguei.
Música: Rui Veloso
7 comentários:
Não fora o olhar de quem nos ama e não saberíamos o que cuidar em nós pelo outro.
Abraço
há um trovador medieval na tua voz, j.monge, que volta e meia empurra o poeta do quotidiano que também és. sorte a nossa!!
É verdade.
San, permita-me a carona no teu comentário, que tão lindamente diz o que senti.
Sorte a minha ter encontrado os dois.
Vossa poesia é um alimento de iguarias atemporais.
Nos dois blogs me delicio.
João, mais honrada fico com teu comentário no meu.
Obrigada pela visita e pelo poema.
Quem dera alguem que se inspirasse assim em mim.
Mas sonhos românticos são poesias mesmo.
Marie
o pior cego
não é
o que não vê
mas
o que
não quer ver
( relatos da vida de alguém)
Poema maravilhoso sobre os encontros/desencontros
de todos os que insistem
em ver
para além de
( para a SAN e a Silvestra Gavinha)
AH!!!
que lindo....
este teu blogue está a aumentar de intensidade..., JM.
Isto já não é um blogue
é uma tertúlia
...
que delícia!
Se não te importas, vou editar um dos teus poemas/letras ou viceversa no meu blog, um dia destes? Já o fiz anteriormente várais vezes, mas não tinhas blog ainda... por isso, te peço permissão para o fazer agora.
Este teu canto de poesia está cada vez mais acolhedor, agradecida :)
Beijinhos
Ainda bem que deixaste de fumar ;)
Muito bem, mesmo.
Zeca
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