eu queria tanto escrever-te um poema domingueiro
verso engomado
rima vincada
estrofe acertada…
mas um tudo-nada rafeiro para sentires
que não era casual
assim, como direi? um pouquinho pires
um poema de ver-a-deus
desses que falam da lua
do mar
dos céus (esta rima é mesmo previsível)
das flores
dos cabelos ao vento…
olha, um poema para tu pores
na mesinha da cabeceira
mas não estou no meu momento
deve ser 2ª feira.
10 comentários:
Esses poemas pires são emocionantes...beijos.
esse poema engomado, arrumado para se travestir de um ar domingueiro não faz parte do arsenal do poeta. Seus poemas são insones, trazem o rumor das madrugadas e as frestas dos primeiros raios da aurora. Eles fogem das horas e dos dias contados. amei mais esse! bjs
Adorei, João.É um poema domingueiro, que me fez sorrir.
Jinhos
olha, cá por mim tenho um fascínio enternecido por tudo o que é pires. sobretudo às 2ªs feiras...
:)
Nada pires, nada kitsch! Quem dera a muitos ter tantas segundas ferias dessas aos domingos.
Obrigado pela visita.
Mas olha, João,conseguiste escrever um poema domingueiro, mesmo sendo segunda-feira.
Engomado, com rima vincada, estrofe acertada e, ainda por cima, nada pires.
Um poema destes à 2ª-feira, dispensa qualquer poema domingueiro.
Uma graça. Beijo!
Aquela escultura ali em cima é fantástica!! Beijos.
João de semana inteira.
Beijos
Rossana
Contigencias de quem prolonga os dias pela noite dentro indiferente às badaladas que marcam o tempo.
Vai daí e quebra-se o encanto...
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