AQUI HÁ

segunda-feira, 11 de maio de 2009

ÁGUA DOIDA

escrevi-te em água e deu luz
já não sei onde te pus
tenho na mão o desuso
de encontrar o que reluz
e depois fico confuso
obtuso
infuso
um abuso…
será que a água deu à luz?
para não entrar em parafuso
faço como a avestruz
escrevi-te em água e deu luso

merda!

6 comentários:

Batom e poesias disse...

João
Tuas postagens me emociona assim com tudo o que escreve...

E eu, que gosto tanto das palavras não consigo encontrar nenhuma para definir essa emoção.
Beijos
Rossana

San disse...

escrevi-te em água e deu luz - uma pessoa afoga-se no que tu escreves!

peciscas disse...

Ó João, os teus textos não param de nos surpreender.
Este, para além do mais, é um divertido, sarcástico e insólito jogo de palavras.

mariaivone disse...

Pois!

Podia ter dado castello, pedras, vidago, salgadas, quem sabe glaciar ou até pra variar perrier ou evian.
Mas não! Deu luso

Escritas na água é isto que dá:
patriotismos!

zoltrix disse...

bonita incursão por um certo surrealismo
E olha lá, as avestruzes fazem o quê, hem? Fazem o quê?
Bem...
...
Até fazes sede...
...e não tens nenhum que com o tinto dê para ver a Luz? Olha que houve um há 2000 anos, bebeu tanto que disse a enxergar. E depois temos a nossa Luz, bem pertinho daquele mar todo que lhe plantaram ao lado.
Para a próxima mais respeitinho pelas avestruzes, bem...

Paula Raposo disse...

Podia ter dado noutra água qualquer...beijos.