As cegonhas amarelas acasalam no Jardim de Santos
e não fazem mal a ninguém
Recolhem em versos solares
os lápis deixados pelos amantes
Com a goma do céu de Santos
fazem casulos nas árvores
onde depositam o óvulo primordial da fala
e alimentam de amarelo
todas as palavras inventadas nos jardins
com beijos dos casais que passam.
2 comentários:
As cegonhas amarelas inventadas pelos poetas nunca fizeram mal a ninguém.
As suas palavras alimentam-nos. Por isso as não dispensamos.
Que aguarela linda a pintada com as cores das tuas palavras! E assim na tela, o poema nasce dos movimentos das cegonhas que não tiveste necessidade de inventar: elas estiveram nos teus olhos desde sempre!
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