AQUI HÁ

sábado, 14 de fevereiro de 2009

MATAS-ME

Há que sofrer
Com a tua despedida
Há que chorar
De alegria por te ver
O meu peito tem num canto
Duas rosas em pranto
O destino de uma vida
Que se esgota pra viver

Deixa-me só
Quero ficar só às escuras
Vai-te embora e deixa-me só
A pensar no que vivi
A saudade é o alento
De um coração ao relento
Quando tu não me procuras
Às escuras penso em ti

E se uma pomba poisar
À beira desta janela
E disser que te viu passar
Mandarei dizer por ela
Que me dói a luz do dia
Sou a noite sem fim
Volto a chorar de alegria
Quando voltares para mim

Matas-me, amor
Quando vens sem avisar
Matas-me, amor
Quando me tens sem perdão
Morremos um de cada vez
Sem voz nem lucidez
É o sangue a suplicar
Que te mate de paixão

Música: Manuel Paulo

6 comentários:

Paula Raposo disse...

Gostei de te ler, claro. O que não significa que concorde com o que escreves. Beijos e um bom fim de semana.

Anónimo disse...

Poema intenso, no dia de todas as intensidades...
Faço minhas as suas palavras e devolvo-lhas uma a uma.
Intensamente.

San disse...

Tristão e Isolda, por João Monge!

Anónimo disse...

Se tu soubesses que acabaste de escrever a história da minha vida... No entanto, nada vale mais na vida do que uma verdadeira paixão que vai resistindo a todos os contratempos e sempre apaixonada...

Bj

MM

Pêndulo disse...

João Monge e Manuel Paulo, uma das melhores "simbioses" da ´música nacional... :))))

este tema é de facto fantástico... e gostei do novo rosto do blog :-p

bjos

Anónimo disse...

Tal como os anteriores, também gostei deste!!
E lá diz o anónimo das 12h23, foi o dia das intensidades...


ema