Eu tenho um xaile encarnado
É uma lembrança tua
Tem um segredo bordado
Que às vezes eu trago à rua
Tem as marcas de uma vida
Que a vida marca no rosto
Mas ganha uma nova vida
Nas noites que o trago posto
Já foi lençol e bandeira
Vela de barco também
Tem marcas da vida inteira
Mas dizem que me cai bem
Se pensas que me perdi
Nalgum destino traçado
Para veres que não esqueci
Eu ponho o xaile encarnado
Música: Armandinho (Fado da Adiça)
11 comentários:
Como nos outros poemas que o João Monge escreveu para o "Crua", este é um lindo poema que a Aldina desfralda ao vento com uma graciosidade única. Como se o poema na sua voz se elevasse no céu feito duas aves em vôo nupcial, nunca se separando na sua ascensão!
Sempre bem, João! Gosto da foto lá em cima, que nos faz sentir que existe a imortalidade...beijos.
anteontem, encarnadíssimo, na voz da Aldina!
teus sinais, embora cor de sangue, seguem passos sutis, linguagem de bordadura entre desejo intenso e ternura. belo! bjs
Como gosto de subir ao fado, nas veias de uma guitarra.
Como gosto deste xaile encarnado.
Como gosto da Aldina a cantá-lo.
Ai Portugal Portugal que consegues inventar coisas tão cheias de nós, que nos empolgam a alma!
Deixa-me só acrescentar ao teu o meu
SEMPRE!
25 DE ABRIL SEMPRE, POIS CLARO :)
25 DE ABRIL SEMPRE!
Um beijo
Que lindo este "estar" em Portugal
Este idioma mãe que diz do "xaile"
encarnado.
Que lindo! SEMPRE!
Carinho,
Cris
encarnado ( ou vermelho)
um xaile protector, símbolo de paixão
sempre
Lindo!
Abraços encarnado em ti.
Gostaria de ouvir com a música.
Rossana
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