as águas que são da terra
explodem rubras: fogo e pranto
como despojos de guerra
que semeiam flores e canto
matam a sede e a ira
e rasgam por nós também
o ventre do som da lira
a que nós chamamos mãe
lavam a espada no mar
de um deus que é cego e mudo
e uma mulher a cantar
é a fonte disto tudo
8 comentários:
Estive por aqui em visita ao seu blog! Abraços Ademar!!
Pois é. Tens razão. Beijos, João.
A força que vem da terra a um mesmo tempo espanta-nos e encanta-nos.
Escreves bonito, João.
Bjs
Cam., podia fazer parte do arquipélago. Ilha original, ou da mãe, parte II.
Altamente musical. Muito bom.
"...e uma mulher a cantar é a fonte disto tudo". Que lindo poema, João Monge!
Lindo de ler!...
Beijo.
lindo
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