AQUI HÁ

segunda-feira, 6 de julho de 2009

ÁGUAS DA TERRA

as águas que são da terra
explodem rubras: fogo e pranto
como despojos de guerra
que semeiam flores e canto

matam a sede e a ira
e rasgam por nós também
o ventre do som da lira
a que nós chamamos mãe

lavam a espada no mar
de um deus que é cego e mudo
e uma mulher a cantar
é a fonte disto tudo

8 comentários:

Unknown disse...

Estive por aqui em visita ao seu blog! Abraços Ademar!!

Paula Raposo disse...

Pois é. Tens razão. Beijos, João.

peciscas disse...

A força que vem da terra a um mesmo tempo espanta-nos e encanta-nos.

Batom e poesias disse...

Escreves bonito, João.
Bjs

Anónimo disse...

Cam., podia fazer parte do arquipélago. Ilha original, ou da mãe, parte II.
Altamente musical. Muito bom.

Mário Lopes disse...

"...e uma mulher a cantar é a fonte disto tudo". Que lindo poema, João Monge!

Lena disse...

Lindo de ler!...

Beijo.

Anónimo disse...

lindo