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quinta-feira, 9 de julho de 2009

O ZORRO

Eu quero marcar o “Z” dentro do teu decote
Ser o teu Zorro de espada e capote
Para te salvar à beirinha do fim
Depois, num volte-face, vestir os calções
Acreditar de novo nos papões
E adormecer contigo ao pé de mim

Eu quero ser para ti a camisola 10
Ter o Benfica todo nos meus pés
Marcar um ponto na tua atenção
Se assim, faltar a festa na tua bancada
Eu faço a minha ultima jogada
E marco um golo com a minha mão

Eu quero passar contigo de braço dado
E a rua toda de olho arregalado
A perguntar: como é que conseguiu?
Eu puxo da humildade da minha pessoa
Digo da forma que menos magoa:
Foi fácil! Ela é que pediu.

Música: João Gil

8 comentários:

Lena disse...

E pronto. Fica uma pessoa encantada
Sem se mexer, sem dizer nada,
Só a pensar no que leu...

Fica assim como que apardalada,
Entre feliz e atrofiada,
Sem atinar no que lhe deu...

Por isso...
um beijo e pronto!

Anónimo disse...

a vontade de chorar está de partida.só dói. beijo

Mário Lopes disse...

Lindo golo, João Monge! Para sempre recordar. E não interessa se foi com o pé mais à mão. Foi ao ângulo, à verdadeiro número dez, entre o coração e o pulmão, para ficarmos sem respiração. E quando voltarmos a nós, uma mancha encarnada te abraçará: o Benfica é campeão!
Lindíssimo o teu poema, de uma graça e de uma doçura sem fim.

Solange Maia disse...

João Monge...

Gostei, aliás, como sempre.
Há aqui uma poesia espirituosa... gostosa... maravilhosa !
Você tem as palavras à sua mercê...

Beijo grande,

Solange

http://eucaliptosnajanela.blogspot.com

Paula Raposo disse...

Primeiro: gosto imenso desse 'pássaro cego' do João Ribeiro.
Depois: nem sei que diga!
Assim é que é Poeta! Zorro... Beijinhos.

San disse...

agora, sim já vejo o pássaro cego!
:)

Batom e poesias disse...

Que "boniteza"de poema.
Lindo, engraçado e sensual. Tudo junto e ao mesmo tempo.

bjs poeta
Rossana

peciscas disse...

Esta é uma das tuas canções de referência com uma música do João Gil que dâ ainda mais relevo ao poema.
A tua imaginação para cantar o amor é inesgotável, João.
Assim como são inesgotáveis os cambiantes que o amor nos proporciona.