chorei à hora marcada
pelo destino dos dois
ficámos sem dizer nada
dissemos adeus depois
sempre soube que este dia
tarde ou cedo ia chegar
que o meu coração partia
e o teu não queria ficar
andei perdida por ti
sem ser tua por inteiro
como a rosa no jardim
que se enganou no canteiro
o amor desencontrado
tem a hora destinada
dói mais do que o próprio fado
e morre à hora marcada
Música: Popular / Autor desconhecido (in A Lua de Maria Sem)
joão monge
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
FADO CREDO
Creio em ti, não sei porquê
Anjo de calça vincada
Dizem que o amor não vê
Vê só aquilo em que crê
Eu já não creio em mais nada
Não sei o que vejo em ti
O que me faz encantar
Se a ti me dei por inteiro
É porque foste o primeiro
Que deus me quis destinar
Creio em ti, não sei porquê
Anjo da barba aparada
Voltas com a luz acesa
E deixas-me sem defesa
Quando a luz fica apagada
Tudo na vida tem hora
De chegada e de partida
Sabia que um dia não vinhas
Partias com as andorinhas
Na primavera da vida
Música: Alfredo Marceneiro (in A Lua de Maria Sem)
Anjo de calça vincada
Dizem que o amor não vê
Vê só aquilo em que crê
Eu já não creio em mais nada
Não sei o que vejo em ti
O que me faz encantar
Se a ti me dei por inteiro
É porque foste o primeiro
Que deus me quis destinar
Creio em ti, não sei porquê
Anjo da barba aparada
Voltas com a luz acesa
E deixas-me sem defesa
Quando a luz fica apagada
Tudo na vida tem hora
De chegada e de partida
Sabia que um dia não vinhas
Partias com as andorinhas
Na primavera da vida
Música: Alfredo Marceneiro (in A Lua de Maria Sem)
quarta-feira, 22 de junho de 2011
ANJO NU
Abriste as asas de fogo
Deixaste o sol a meus pés
Nas tuas asas me afogo
Anjo da minha nudez
Sou a flor de uma roseira
Que te espera sem saber
Nos teus lábios a primeira
Nas tuas asas mulher
Sangrei por ti e chorei
Do prazer que me foi dado
À tua carne entreguei
Tudo o que tinha guardado
Abençoaste o tesouro
Que eu deixei a teus pés
Levaste-o nas asas de ouro
Anjo da minha nudez
Abriste as asas de fogo
Deixaste o sol a meus pés
Nas tuas asas me afogo
Anjo da minha nudez
Música: Alfredo Marceneiro (in A Lua de Maria Sem)
Deixaste o sol a meus pés
Nas tuas asas me afogo
Anjo da minha nudez
Sou a flor de uma roseira
Que te espera sem saber
Nos teus lábios a primeira
Nas tuas asas mulher
Sangrei por ti e chorei
Do prazer que me foi dado
À tua carne entreguei
Tudo o que tinha guardado
Abençoaste o tesouro
Que eu deixei a teus pés
Levaste-o nas asas de ouro
Anjo da minha nudez
Abriste as asas de fogo
Deixaste o sol a meus pés
Nas tuas asas me afogo
Anjo da minha nudez
Música: Alfredo Marceneiro (in A Lua de Maria Sem)
sexta-feira, 3 de junho de 2011
FADO DA HERANÇA
deste-me o nome e a lua
a lua não tem morada
alumia qualquer rua
mas só a mim me foi dada
não entendo onde tu estás
nem porque chegaste ao fim
não entendo onde tu estás
mas sei que dormes em paz
descansas dentro de mim
já nasci com a saudade
nada mais herdei de ti
deste-me o nome e a idade
da lua quando nasci
não sei se há lugar no céu
à minha espera ao teu lado
não sei se há lugar no céu
o lugar que deus me deu
para viver é o Fado
Música: Alfredo Marceneiro (in A Lua de Maria Sem)
a lua não tem morada
alumia qualquer rua
mas só a mim me foi dada
não entendo onde tu estás
nem porque chegaste ao fim
não entendo onde tu estás
mas sei que dormes em paz
descansas dentro de mim
já nasci com a saudade
nada mais herdei de ti
deste-me o nome e a idade
da lua quando nasci
não sei se há lugar no céu
à minha espera ao teu lado
não sei se há lugar no céu
o lugar que deus me deu
para viver é o Fado
Música: Alfredo Marceneiro (in A Lua de Maria Sem)
segunda-feira, 9 de maio de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
ANA MOURA E CAMANÉ
Porque te vestes de preto
Que dor é que te habitua
Quando dobras o gaveto
Ao cimo da minha rua
Que sina escondes no peito
Guardada num xaile antigo
Se é o fado que eu suspeito
Guarda-me a sina contigo
Eu nunca vesti de luto
Este vestido é o fruto
Do que a vida me tem dado
Deu-me o negro do queixume
A escuridão do ciúme
E eu pago com a luz do fado
Até a vida sombria
Deve ter uma estrela guia
Olho o céu e não a vejo
Mas as vidas são vielas
E ao descermos por elas
Vamos sempre dar ao Tejo
Não tenhas dó de nós, não vale a pena
Nenhum se vai esquecer, não tenhas medo
A lágrima perdida é tão pequena
Ao pé do que lembramos em segredo
Não quero, já te disse que não quero
Voltar àquele tempo que foi nosso
Às vezes minto quando sou sincero
É quando quero aquilo que não posso
Foste sincero
Quando te ouvi
Que não podias
Ainda te espero
Porque senti
Que me mentias
Quem nos ditou
Quem nos destina
O fim da estrada
Foi deus que errou
A nossa sina
Foi mal traçada
Disseste adeus
E bateste a porta devagar
Para ninguém notar
Que a vida nos traía
Disseste adeus
Ainda vi que tu sorriste
Vi no teu sorriso triste
Meu amor, até um dia
Que dor é que te habitua
Quando dobras o gaveto
Ao cimo da minha rua
Que sina escondes no peito
Guardada num xaile antigo
Se é o fado que eu suspeito
Guarda-me a sina contigo
Eu nunca vesti de luto
Este vestido é o fruto
Do que a vida me tem dado
Deu-me o negro do queixume
A escuridão do ciúme
E eu pago com a luz do fado
Até a vida sombria
Deve ter uma estrela guia
Olho o céu e não a vejo
Mas as vidas são vielas
E ao descermos por elas
Vamos sempre dar ao Tejo
Não tenhas dó de nós, não vale a pena
Nenhum se vai esquecer, não tenhas medo
A lágrima perdida é tão pequena
Ao pé do que lembramos em segredo
Não quero, já te disse que não quero
Voltar àquele tempo que foi nosso
Às vezes minto quando sou sincero
É quando quero aquilo que não posso
Foste sincero
Quando te ouvi
Que não podias
Ainda te espero
Porque senti
Que me mentias
Quem nos ditou
Quem nos destina
O fim da estrada
Foi deus que errou
A nossa sina
Foi mal traçada
Disseste adeus
E bateste a porta devagar
Para ninguém notar
Que a vida nos traía
Disseste adeus
Ainda vi que tu sorriste
Vi no teu sorriso triste
Meu amor, até um dia
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