AQUI HÁ

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

DESTE-ME TUDO O QUE TINHAS

Deste-me tudo o que tinhas
Nos meus lençóis de cetim
Mais a raiva quando vinhas
Desencontrado de mim

O meu corpo dependente
Bebia da tua mão
Aquela mistura quente
De desejo e perdição

Jurei que um dia mudava
Que de tudo era capaz
Já nem o sangue me lava
E tu nem raiva me dás

Parti os saltos na rua
Dei a vida pela vida
Mas agora olho a Lua
E não me sinto perdida

Esqueci a tua morada
E tu nem raiva me dás
Agora que não me dás nada
Deste-me um pouco de paz

Música : Filipe Pinto (Fado Meia-Noite)

5 comentários:

San disse...

ay, amigo!...

;)

Estranho Fulgor disse...

Obrigada, João Monge!

peciscas disse...

Há memória nestas palavras.
Há desencanto nestas palavras.
Há conformismo nestas palavras.
Há lucidez nestas palvras.
Há música nestas palavras.
Mas, há, sobretudo, um grande poeta nestas palavras.

Mariana Monge disse...

Lindo.

Um beijo, MMM

Anónimo disse...

As palavras são como o universo, Infinitas na grandeza de expressão.
Umas vezes falam de amor
E, com as mesmas se fala de desilusão.

Bj

MM