Deste-me tudo o que tinhas
Nos meus lençóis de cetim
Mais a raiva quando vinhas
Desencontrado de mim
O meu corpo dependente
Bebia da tua mão
Aquela mistura quente
De desejo e perdição
Jurei que um dia mudava
Que de tudo era capaz
Já nem o sangue me lava
E tu nem raiva me dás
Parti os saltos na rua
Dei a vida pela vida
Mas agora olho a Lua
E não me sinto perdida
Esqueci a tua morada
E tu nem raiva me dás
Agora que não me dás nada
Deste-me um pouco de paz
Música : Filipe Pinto (Fado Meia-Noite)
5 comentários:
ay, amigo!...
;)
Obrigada, João Monge!
Há memória nestas palavras.
Há desencanto nestas palavras.
Há conformismo nestas palavras.
Há lucidez nestas palvras.
Há música nestas palavras.
Mas, há, sobretudo, um grande poeta nestas palavras.
Lindo.
Um beijo, MMM
As palavras são como o universo, Infinitas na grandeza de expressão.
Umas vezes falam de amor
E, com as mesmas se fala de desilusão.
Bj
MM
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