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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

MAÇÃS DE DEUS

Às vezes escrevo maçã quando queria pecado
Outras vezes, de lado, escrevo flor em vez de flor
E ao centro do meu amor, chamo amor e chamo fado

Ás vezes são trepadeiras as pernas da minha amada
Outras vezes são cadeiras e há dias em que são escada

Chamo tudo o que eu quiser. Até polvos de oração
chamei aos dedos que são as teias dessa mulher…
Uma metáfora qualquer, a que estiver de feição

Às vezes escrevo por ela e peço a Deus o que não devo
Mas nunca subscrevi as normalidades que escrevo

5 comentários:

Silvestre Gavinha disse...

Que jogo bom, de palavras e imagens.
Suas versalhadas são "muito ótimas".
Marie

Anónimo disse...

Haja Deus! Valha-nos Deus!

Parabéns pelo blog e, especialmente, pela poesia!

San disse...

maçãs femininas, portanto!...

;)

peciscas disse...

O poeta tem o condão de esconder significados atrás das palavras que, por isso, podem ser muros para além dos quais só se pode adivinhar o que existe.

Anónimo disse...

Venha o seguinte que já se sente a falta... mesmo!


Abraço