Às vezes escrevo maçã quando queria pecado
Outras vezes, de lado, escrevo flor em vez de flor
E ao centro do meu amor, chamo amor e chamo fado
Ás vezes são trepadeiras as pernas da minha amada
Outras vezes são cadeiras e há dias em que são escada
Chamo tudo o que eu quiser. Até polvos de oração
chamei aos dedos que são as teias dessa mulher…
Uma metáfora qualquer, a que estiver de feição
Às vezes escrevo por ela e peço a Deus o que não devo
Mas nunca subscrevi as normalidades que escrevo
5 comentários:
Que jogo bom, de palavras e imagens.
Suas versalhadas são "muito ótimas".
Marie
Haja Deus! Valha-nos Deus!
Parabéns pelo blog e, especialmente, pela poesia!
maçãs femininas, portanto!...
;)
O poeta tem o condão de esconder significados atrás das palavras que, por isso, podem ser muros para além dos quais só se pode adivinhar o que existe.
Venha o seguinte que já se sente a falta... mesmo!
Abraço
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