AQUI HÁ

sábado, 28 de fevereiro de 2009

O SORRISO DAS ÁGUAS

Já não tenho um lenço branco
Nem pranto de despedida
Tanto barco me deixou
Até o Tejo secou
Dentro de mim toda a vida

Eu já mordi a saudade
Para salvar o coração
O amor que me morreu
De certeza renasceu
Com uma outra pulsação

Atirei pedras ao Tejo
Com raiva das minhas mágoas
Eram ciúme e vingança
Mas as pedras de criança
São o sorriso das águas

As rosas nascem na terra
E morrem direito ao céu
Tudo é luz e é nascente
Tudo é luto e é poente
E tudo isto sou eu

Música: Carlos Neves (Fado Tamanquinhas)

3 comentários:

Paula Raposo disse...

Adoro os teus poemas...beijos.

Anónimo disse...

Eu diria mesmo mais:
Adoro os teus poemas... beijos.

San disse...

e tudo isto, se não é destino, é de certeza coração!