Tu nunca sentiste o lobo a uivar
Atrás de ti
Nunca lambeste a saliva da morte
Se achas que é só azar
Então sorri, sorri
Mas acredita que há dias de sorte
Tu nunca sentiste a Lua a morder
Dentro de ti
Nunca bebeste uma gota salgada
Se achas que é só o querer
Então sorri, sorri
Talvez ainda não quisesses nada
Tu não sabes o que é uma ferida aberta
(Temo por ti)
Nunca viste na carne a pequenez
A noite está alerta
Então sorri, sorri
Ainda vai chegar a tua vez
Tu nunca viste o fundo à maré-vasa
Dentro de ti
Não perdes o pé no teu coração
Abre a porta da casa
Então sorri, sorri
E vamos dar a volta ao quarteirão
Música: João Gil
4 comentários:
gostei dessa passagem do complexidade do sentimento amoroso para preciosidade do banal, do casual tecido na ordem do dia. bela cançào, vasta a tua sensibilidade. bjs , vc. mora em Lisboa?
Que belo!! Fico sem palavras nas tuas 'versalhadas e afins' como intitulas o teu espaço...beijos.
Por vezes, um sorriso pode ser a chave que nos faz partir para a verdadeira descoberta da vida.
A que nos faz sentir a lua a morder, a que nos leva a beber gotas salgadas, a que nos obriga a sentir a pequenez da carne, a que nos abre feridas.
Mas chegará a nossa vez de vermos o fundo à maré-vasa e de ouvirmos o lobo a uivar.
Porque um sorriso pode ser a diferença entre um dia de azar e um dia de sorte.
A sorte que teremos de merecer e de procurar.
Nossa..."olhar dentro dos olhos" de seu blog é um presente!!Parabéns!
Estarei aqui mais vezes!
PARABÉNS por suas lindas palavras!
E seja muito bem vindo ao meu cantinho! :
http://olhardentrodosolhos.blogspot.com
Serei tua seguidora agora!
Bjo!
Bia Maia
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