AQUI HÁ

quinta-feira, 4 de junho de 2009

LUA DE TODOS

Quem vai esperar por mim um dia
quando as ribeiras são a foz
e o cavalo renuncia
Verdes horas, verdes águas…
Ó Lua de todos nós

Quem vai levar este barquinho
a dar à praia derradeira
onde a noite faz o ninho
Verde névoa, verde véu…
Lança de ponta certeira

Quem leva o toiro que caiu
e lava a praça de manhã,
as papoilas pelo estio…
Verde espada, verde rosa...
Verde sangue de romã

Batem as cinco horas da tarde
Lua brava se eu puder
dou-te o peito à descoberta
Verde sonho, verdes asas…
O peito de uma mulher

Música: João Gil

4 comentários:

Paula Raposo disse...

Lindíssimo!! Não só porque fala em romãs...mas também! Beijos.

peciscas disse...

A lua tem esse condão mágico de ser de todos nós.
E cada um dela se apropria, para espelhar sonhos e fantasias. Os poetas na primeira linha...

Batom e poesias disse...

Quem cuidará de nós?

Serão sempre mulheres, pode apostar.

Belezura de poema!
beijõao
Rossana

gisela joão disse...

sem palavras...lindo!