Quem vai esperar por mim um dia
quando as ribeiras são a foz
e o cavalo renuncia
Verdes horas, verdes águas…
Ó Lua de todos nós
Quem vai levar este barquinho
a dar à praia derradeira
onde a noite faz o ninho
Verde névoa, verde véu…
Lança de ponta certeira
Quem leva o toiro que caiu
e lava a praça de manhã,
as papoilas pelo estio…
Verde espada, verde rosa...
Verde sangue de romã
Batem as cinco horas da tarde
Lua brava se eu puder
dou-te o peito à descoberta
Verde sonho, verdes asas…
O peito de uma mulher
Música: João Gil
4 comentários:
Lindíssimo!! Não só porque fala em romãs...mas também! Beijos.
A lua tem esse condão mágico de ser de todos nós.
E cada um dela se apropria, para espelhar sonhos e fantasias. Os poetas na primeira linha...
Quem cuidará de nós?
Serão sempre mulheres, pode apostar.
Belezura de poema!
beijõao
Rossana
sem palavras...lindo!
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