Sei que já foste gaivota
És tão antiga a voar
Sabes da ilha remota
Que só se encontra no mar
Leva-me ave do destino
Faz de mim o teu poente
Tu que és quase, quase um anjo
Faz-me perto de ser gente
Sei que já foste gaivota
Candeia de um pescador
Amante de caravela
Aquele voo incolor
És um anjo sem andor
Á procura de uma estrela
Quase nada, quase dor
Quase vão de uma janela
Sei que já foste gaivota
Sei de cor por onde andaste
Sei de cor todos os mapas
Do coração que traçaste
Leva-me ave do destino
Faz de mim o teu poente
Tu que és quase, quase um anjo
Faz-me perto de ser gente
Música: João Gil
8 comentários:
Maravilha! Maravilha! Beijinhos.
belíssimo, sobretudo "ser quase nada, quase dor quase vão de uma janela"!
Quem é que não gostaria de partir, feito gaivota, à procura de uma estrela, de uma ilha que pudesse ser só nossa.
Para além disso, quero dizer que esta é uma letra que me enche completamente as medidas.
Cataano...
A arte é toda esta "falsa" simplicidade que o João empresta ao seu poema e o enriquece de um modo belíssimo. Rumorejando dentro de nós como uma espécie de música ou como um suave bater de asas no nosso céu de criança, assim respira a sua poesia preciosa.
Um abraço.
Pede que te faça poente, pois que Poeta já és.
E gente...
Lindo, João.
Bjs
Sem querer cheguei até seu blog e achei muito bonita essa poesia.
Parabéns.
abs
Daniel
Quase...
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