Boca de leão
Olhos de falcão
Faro de outro ser que faz ão ão...
Misturar o ser
A terra e o céu
Até não saber
O que é meu ou teu
Pernas de anarquista
Mãos de carteirista
Boca de sacana a quem ninguém resista
Há-de ser a sós
Será tudo nosso
Até que um de nós
Diga: estou que não posso!
Faço o que quiseres
Até compromisso...
Para não dizeres que eu só penso nisso
Fome de jibóia
Teia de aranhão
Cavalo de Tróia no meu coração
Há-de ser a dois
Dois e mais nenhum
Para que depois
Sejam só dois em um
Faço o que quiseres
Até compromisso...
Para não dizeres que eu só penso nisso
Faço o que quiseres
Hoje ou nem por isso...
Eu sei que tu queres que pense nisso
Eu sei que tu queres que pense nisso
Música: Manuel Paulo
3 comentários:
Mais um delicioso poema, João Monge!
Quanta graciosidade! Mas, gostava que me explicasses como é isso de "pernas de anarquista"...
Um abraço.
Uma bonita canção sobre uma coisa em que a gente pensa muitas vezes... E ainda bem!
Soube-me a ironia...beijos.
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