tenho os sentidos do vento
e asas no coração
parto no meu pensamento
se o vento está de feição
à ternura chamo anil
e à esperança, vermelho
na alma há mais de mil
cores que nunca vi ao espelho
aquilo que me encandeia
é negro como a má sina
mas a luz da nossa ideia
é ovo de casca fina
que ao vento levante voo
neste sol que nunca brilha
que me leve de ilha em ilha
e me diga quem eu sou
tenho asas, não as vejo
nasci de uma falsa fé
de ser irmã do desejo
de saber como isto é
sabe deus onde irei dar
sem mapa nem farolim
onde o vento me levar
há um bocado de mim
que ao vento levante voo
neste sol que nunca brilha
que me leve de ilha em ilha
e me diga quem eu sou
Música: Manuel Paulo
7 comentários:
Viajemos, então, nas asas desse pássaro cego que nos leve a descobrir quem somos e o que aqui fazemos.
De ilha em ilha ao nosso encontro.
É mais um dia banal, como todos aqueles pelos quais nos movimentamos.
Belíssimo...
de ilha em ilha, com o pássaro cego!
;)
Gosto desta ideia de estar um futuro bocado de mim à espera, onde quer que eu chegue...
Beijo.
Acho que sou assim
"tenho asas, não as vejo
nasci de uma falsa fé
de ser irmã do desejo
de saber como isto é"
Me diga quem eu sou, poeta.
beijos carinhosos
Rossana
camarada, nã posso comentar, tal também não posso deixar de o fazer. O que escreveste e o que escreves é de facto muito bom. Grande abraço.
Errata: Onde se lê "nã posso comentar", leia-se: Não posso comentar.
Onde se lê "tal também...", leia-se: Tal como também...
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