O rapaz saiu bem bonito. Moreno, farto de cabelo e com os olhos verdes da avó. Dava ao lado da mãe.
Muito gostava ele do banco de trás, parecia um chibo aos pinotes. A sorte é que eu guiava devagarinho…
Sesimbra, Setúbal, Portinho da Arrábida, Lisboa, Marginal… Eu sei lá, corremos tudo em passeios. Até fomos à Boca do Inferno comer queijadas.Os lisboetas chamavam àquilo o passeio dos tristes, mas era a nossa alegria de Domingo e a 4L, que comprei a um camarada mais velho, nunca me deixou ficar mal. Nunca me entristeceu.
Muito gostava ele do banco de trás, parecia um chibo aos pinotes. A sorte é que eu guiava devagarinho…
Sesimbra, Setúbal, Portinho da Arrábida, Lisboa, Marginal… Eu sei lá, corremos tudo em passeios. Até fomos à Boca do Inferno comer queijadas.Os lisboetas chamavam àquilo o passeio dos tristes, mas era a nossa alegria de Domingo e a 4L, que comprei a um camarada mais velho, nunca me deixou ficar mal. Nunca me entristeceu.
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Pinta os lábios de vermelho
Passa meia hora ao espelho
Mostra-me do que és capaz
Hoje é dia de passeio
E enquanto eu me barbeio
Passa o pente no rapaz
A cidade é tão bonita
Quando vamos de visita
À saída da portagem
E mais tarde pela “linha”
Bebe-se a brisa marinha
E aprecia-se a paisagem
Quando acaba o casario
Onde não chega o Bugio
Vem a Boca do Inferno
O mar em contestação
Se isto é assim no Verão
O que fará no Inverno
Mandei vir o que pedias
Isto um dia não são dias
Na esplanada das muralhas
Para nós são limonadas
O rapaz pediu queijadas
-Cuidado com as migalhas!
O Sol já se quer deitar
Está na hora de abalar
Arrepia-me esta aragem
Fui onde Deus pôs a mão
Volto à minha condição
De regresso à outra margem
Passa meia hora ao espelho
Mostra-me do que és capaz
Hoje é dia de passeio
E enquanto eu me barbeio
Passa o pente no rapaz
A cidade é tão bonita
Quando vamos de visita
À saída da portagem
E mais tarde pela “linha”
Bebe-se a brisa marinha
E aprecia-se a paisagem
Quando acaba o casario
Onde não chega o Bugio
Vem a Boca do Inferno
O mar em contestação
Se isto é assim no Verão
O que fará no Inverno
Mandei vir o que pedias
Isto um dia não são dias
Na esplanada das muralhas
Para nós são limonadas
O rapaz pediu queijadas
-Cuidado com as migalhas!
O Sol já se quer deitar
Está na hora de abalar
Arrepia-me esta aragem
Fui onde Deus pôs a mão
Volto à minha condição
De regresso à outra margem
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´Música: João Gil
3 comentários:
Tenho-me deleitado com estas "crónicas da noite", que é a hora a que elas aparecem e a hora a que eu as posso ler. Querem lá ver que já estou "agarrada"?!...
Um beijo.
Lena
a minha primeira carroça foi um 4L que até teve nome de gente e tudo. acompanhou-me em muitas maluqueiras e nunca me falhou. nem mesmo quando a obriguei a fazer as montanhas do Atlas com o motor aos pulos (tinha-lhe partido um dos suportes). arrastou-se aos uivos até Marraquexe onde entrou ao som das palmas dos mecânicos!o chefe deles, comovido (tinha trabalhado nas linhas de montagem do modelo, em França), perante o meu ar esgazeado e a minha óbvia penúria, ofereceu-me a reparação no final do dia, depois de terem largado tudo para me safar.Grande 4L!
Histórias... delícia lê-las.
Marie
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