Eu sei das duas pernas da vizinha,
da coroa de rainha que esculpiu no penteado
Eu sei que tu já tens pés-de-galinha
e a galinha da vizinha tem o bico encerado
Eu sei que estás a ficar grisalha
Isso não atrapalha, não é dano, não é perda
Gosto das marcas que a vida tem
e alguém que viva sem, passe bem e vá à merda
Tu vais dizer que eu sou maluco
Sou eunuco
Sou tarado
Sou meio disparatado
Sou freguês de botequim
E que comigo nem pintada
Nem perdida
Nem achada
Mas, eu gosto de ti assim!
Música: Jorge Prendas
6 comentários:
idem, para os pés de galo!
:)
Gosto da galinha e um bocadinho menos dos pés ;)
Outra coisa, tu escreves p'ra diante, João Monge!
Beijinhos
Só mesmo tu ...tem mesmo a tua marca...muito bem construído...perfeito!!!!!
Um abraço
Muito me honra cantar!
E verdade que nem toda a gente entende. Ou não quer.
Este poema (lindo!) é uma verdadeira ode reconfortante à incontrolável (incontornável...) fuga das galinhas... e seus mil pés!
Beijinho!
Lena
Enviar um comentário