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sábado, 6 de dezembro de 2008

PÉS-DE-GALINHA

Eu sei das duas pernas da vizinha,
da coroa de rainha que esculpiu no penteado
Eu sei que tu já tens pés-de-galinha
e a galinha da vizinha tem o bico encerado
Eu sei que estás a ficar grisalha
Isso não atrapalha, não é dano, não é perda
Gosto das marcas que a vida tem
e alguém que viva sem, passe bem e vá à merda

Tu vais dizer que eu sou maluco
Sou eunuco
Sou tarado
Sou meio disparatado
Sou freguês de botequim
E que comigo nem pintada
Nem perdida
Nem achada
Mas, eu gosto de ti assim!

Música: Jorge Prendas

6 comentários:

San disse...

idem, para os pés de galo!
:)

Estranho Fulgor disse...

Gosto da galinha e um bocadinho menos dos pés ;)

Estranho Fulgor disse...

Outra coisa, tu escreves p'ra diante, João Monge!


Beijinhos

JOAQUIM CASTILHO disse...

Só mesmo tu ...tem mesmo a tua marca...muito bem construído...perfeito!!!!!

Um abraço

Tomi disse...

Muito me honra cantar!
E verdade que nem toda a gente entende. Ou não quer.

Anónimo disse...

Este poema (lindo!) é uma verdadeira ode reconfortante à incontrolável (incontornável...) fuga das galinhas... e seus mil pés!

Beijinho!
Lena