Sabes da história dos objectos
dos seus sítios predilectos
o lugar onde se dão
Sabes da memória da poeira
dos livros na prateleira
do que falam, do que são
Sabes onde as plantas vão crescer
do seu ciclo. Vai-se a ver
são assim de te imitar
Viram os seus frutos ao poente
como se tu, simplesmente,
fosses do mesmo lugar
Sabes tudo sobre a divisão
como se reparte um pão
sopa e vinho pela mesa
És a eterna garantia
Não é prà fotografia
é da tua natureza
Sabes da textura dos afectos
do amor os alfabetos
e da lua no jardim
Para resumir num breve instante
sabes o que é importante
e ainda tens tempo para mim
Música: Jorge Prendas
5 comentários:
Que belo poema de amor e reconhecimento!
Ay, amigo! como se te cruza o coração com a pena!
Aiaiai... o poema é lindo.
E San, teu comentário exclui qualquer outra possibilidade.
Na mosca!
Tão lindo! Lindo! Muitos beijos.
Neste poema estão descritos, com mestria,os ingredientes essenciais de uma vida plenamente vivida. O saber e compreender o que nos rodeia e a disponibilidade para amar.
Saber e amar: afinal parece tão simples...Mas não é!
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