AQUI HÁ

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A TUA NATUREZA

Sabes da história dos objectos
dos seus sítios predilectos
o lugar onde se dão
Sabes da memória da poeira
dos livros na prateleira
do que falam, do que são

Sabes onde as plantas vão crescer
do seu ciclo. Vai-se a ver
são assim de te imitar
Viram os seus frutos ao poente
como se tu, simplesmente,
fosses do mesmo lugar

Sabes tudo sobre a divisão
como se reparte um pão
sopa e vinho pela mesa
És a eterna garantia
Não é prà fotografia
é da tua natureza

Sabes da textura dos afectos
do amor os alfabetos
e da lua no jardim
Para resumir num breve instante
sabes o que é importante
e ainda tens tempo para mim

Música: Jorge Prendas

5 comentários:

Anónimo disse...

Que belo poema de amor e reconhecimento!

San disse...

Ay, amigo! como se te cruza o coração com a pena!

Silvestre Gavinha disse...

Aiaiai... o poema é lindo.
E San, teu comentário exclui qualquer outra possibilidade.
Na mosca!

Paula Raposo disse...

Tão lindo! Lindo! Muitos beijos.

peciscas disse...

Neste poema estão descritos, com mestria,os ingredientes essenciais de uma vida plenamente vivida. O saber e compreender o que nos rodeia e a disponibilidade para amar.
Saber e amar: afinal parece tão simples...Mas não é!