nau de pele e sal em vão sustento
e árvore de vento no quadris
onde adivinho o peito da perdiz
e a lenta fome de que me alimento
mais que mel a rosa é cristalino
da mão que destemida te consome
enquanto fazes carne do meu nome
e do céu da boca o meu destino
pela cintura me queres asilado
ao ponto onde a luz é verbo alado
e as veias correm no mesmo sentido
até que as ancas desse mar rosado
me dão à terra o corpo regressado
desta pequena morte renascido
6 comentários:
"enquanto fazes carne do meu nome
e do céu da boca o meu destino"
Um homem de tantas e belas palavras, não podem deixar faltá-las quando visitar a minha casa...
Suas palavras me interessam.
Grande beijo
Rossana
Belo poema de amor...gosto de te ler. Beijos.
Nessa nau também me vejo a navegar.
Que nau!?
É como dobrar o Cabo das Tormentas, velejar em mar chão após a tempestade abandonando o corpo na areia húmida
Pequenas mortes que nos preenchem a vida!
Soneto lindo, espero mais na "estação dos lírios"
"Pela cintura me queres asilado ao ponto onde a luz é verbo alado".
Gostei!!
Ema
Assim se diz o amor.
Enviar um comentário