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terça-feira, 3 de março de 2009

RAZÃO DE SER

Deixa ser como o luar: à minha vontade. Como a águia, ser a águia sem nenhum problema. Ser a gota, o grão de areia, a minha unidade: do deserto e do mar a coisa pequena. Ter do tempo a claridade do sol promissor, como o índio. Ser o índio e valer a pena.
E valer a pena.
Sem outra razão. E valer a pena.

Ser de rir e de chorar, ser do meu momento. Como o vento, ser o vento e a sua feição. Ter da flor a sua essência só pelo prazer. Só o ser. Só o ser sem a condição. Amar-te só porque sim e valer a pena. Só o sim, só o sim sem a explicação.
E valer a pena.
Sem outra razão. E valer a pena.

Ai se eu pudesse ter a paz para te dar... Um pouco do céu, um pouco do sonho, um pouco de paz...
Sem outra razão, já valia a pena!
Música: João Gil

4 comentários:

Silvestre Gavinha disse...

Razão para que???
Basta ser e valer a pena.
Lindo. Não conheço a melodia mas acho que quase dá para senti-la.
Marie

Paula Raposo disse...

E vale a pena ler-te....beijos.

San disse...

e saber, do fundo do saber dolorido e luminoso da nossa condição de estrela que, seja como for, seja como não for, valeu sempre a pena.
(e que ninguém o diria melhor que tu, Mestre)

peciscas disse...

Ser o que queremos ser, sem grandes explicações, sem metafísicas ou angústias existenciais, eis o que vale mesmo a pena.