As nossas duas línguas enroladas
no compasso das valsas mais furtivas
Brilham no salão das bocas nuas,
fazendo das suas,
misturando palavras e salivas
As pernas viram quatro trepadeiras,
os braços quatro peixes nos lençóis
A pele ganha os deslumbramentos
dos quatro elementos,
brilhando no olhar de quatro sóis
Depois os nossos corpos se alucinam
na eterna explosão universal
E desce um anjo que nos encandeia
com uma breve ideia
do amor no big bang inicial
Música: Mano, demora muito?
5 comentários:
cantar a carne, sempre. mas quando ela é proibida, ainda melhor, ainda por cima tão bem.viva a quaresma dos sentidos!
Eis um poema (que amanhã será canção) em que a explosão dos sentidos no tal big bang inicial (mas que dia a dia se renova) se propaga até nós nas palavras justas que encontraste.
E que o Mano não demore muito com a música que estas palavras ficam, desde logo, a exigir.
Que delícia!!!
Ai migo, por este andar ainda se acaba em sexo explicito. Acho que os teus comentadores habituais até devem estar um pouco engasgados.
Com as amêndoas... claro!
o big ban inicial
como um gemido de paixão
ou orgásmica explosão
é que é uma ideia genial....
pois
inventaste uma deusa como companhia
Enviar um comentário