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terça-feira, 6 de outubro de 2009

PELAS NUVENS

Há muito tempo
era uma vez
um homem que se perdeu
da sua amada
e vagueou
por entre as nuvens do céu

Perguntou
à mais pequenina
se a tinha visto ao passar;
Depois, à nuvem
mais carregada
Nenhuma o podia ajudar

E assim passou tanto tempo
tecendo mil planos em fios de algodão
que se desvaneciam
em nuvens no seu coração

Todas as nuvens
da sua rua
foram pra sua janela.
Escureceu.
Adormeceu,
ficou a sonhar com ela

E o mau tempo passou,
o sol despontou
numa festa de cor.
De manhã todas as flores
sabiam de cor
onde estava o seu amor

Música: Manuel Paulo

6 comentários:

Solange Maia disse...

É João... nada como uma nova manhã...

Lindo, como sempre... e como sempre um presente vir aqui...

Beijo carinhoso

Paula Raposo disse...

Lindo! Às vezes de manhã as nuvens sabem...beijos.

peciscas disse...

Quando amamos, andamos mesmos nas nuvens.
E até nos perdemos nelas.
E nem sempre acabamos por encontrar o caminho...
Mas é bom andar nas nuvens.

Mário Lopes disse...

Neste estilo, quase "infantil", és ainda mais Mestre! Já pensaste em escrever livros para crianças? Elas são sempre escutadas na tua poesia. Parabéns!
Um abraço.

San disse...

o mundo das nuvens tem as suas fantasias, as suas realidades,as suas histórias e as suas canções até porque - felizmente e desde sempre - faz parte do nosso mundo.

Batom e poesias disse...

Eu gostei muito, mas queria poder perguntar às flores: Onde está o seu amor?

beijos poeta João
Rossana