bem sei
que tinha os olhos no mar
quando te via chegar
com a camisa engomada
bem sei
que procuravas o jeito
que eu tenho de abrir o peito
quando não querias mais nada
trazias
uma flor na lapela
e eu espreitava à janela
quando te ouvia chamar
trazias
a lua no teu sorriso
trazias aquilo que era preciso
para te deixar entrar
quem sabe
as juras que nós fizemos
a estrela que prometemos
um ao outro, noite fora
quem sabe
porque cegou essa estrela
se não voltámos a vê-la.
quem sabe de nós agora
eu guardo
no fundo do coração
que o amor é só perdão
e um sonho em duas metades
eu guardo
tudo o que deixaste em mim
desde sempre até ao fim
e às vezes guardo saudades
Música: Paulo Paz
2 comentários:
Extraordinário!
A magia das palavras
Pois é, às vezes as estrelas cegam. Acontece que teimamos em as ver para matar a saudade.
Bonito fado de um amor que ficou!
E já agora João, quem é a fera atrás do vidro?
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