Sinto-me bem, doutor
será perigoso?
Não é essa coisa de sangue e tensão…
São as mãos, doutor. As mãos.
Não chegam onde o coração as leva
como quando era criança
Sinto-as distantes como um cais de partida
Cada vez mais distantes…
E os olhos, doutor… perderam-se do pensamento
e nunca mais chorei
Ceguei das mãos dos outros, das mãos que partiram…
E agora não sei… perdi-me da vida
Não é ferida, doutor
É uma dor mal dorida que não cumpre o seu papel
Sinto-me bem, doutor
Acha que perdi a flor-da-pele?
7 comentários:
Já me fizeste chorar.
João
O que escreves faz-me sentir tão piquinina!
Beijo grande, abraço apertado.
MariaIvone
:)
Vanda
A poesia do João
bebe em raízes populares
e por isso canta.
Cantando se levanta
em movimentos circulares,
atinge o coração
com as notas certeiras
das palavras que escolhe
ou que colhe
ao nascer do dia
ainda puras, ainda verdadeiras,
na sua imensa sabedoria.
Outras vezes
elas são linhas de várias cores
bordando em lenço de linho,
um coração num cantinho
de poucas alegrias e muitas dores.
Como é bela e poderosa em toda a sua enorme simplicidade, a poesia do João Monge!
Um abraço!
Como sempre EXCELENTE!
Um abraço
Emília e QUIM
É assim que estou, João:
Sentindo-me "bem".
Acha que eu perdi a poesia?
Traduz com perfeição esse vazio.
bj, poeta
Rossana
...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
TE SIGO TU BLOG
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
AFECTUOSAMENTE
JOAO MONGE
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.
José
Ramón...
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