Toda a gente mente
Quando fala com você
De mim
Será que gosta de você
Será que gosta de mim
Toda a gente mente com quantos dentes tem
Aprendeu no berço com a própria mãe
Que mente pra poupar o filho
Que mente pra evitar sarilho
Toda a gente mente com a cara que tem
Diz que está bem, e não está bem
Que ainda tem, e já nada tem
É pois, então, essa a razão
Porque toda a gente mente
Quando fala com você
De mim
Diz que eu sou assim-assim e coisa-e-tal
Mas afinal,
Muito franca, francamente:
Eu sou também
Um mentiroso normal
Música: Manuel Paulo
3 comentários:
Muito franca, francamente:
O João Monge diz aquilo que sente
E não se preocupa que a gente
Pense que ele mente
Quando confessa recentemente
Que poeta nem morto.
Oh, João: francamente!
Gosto imenso deste jogo de palavras...beijos.
Mas é este mesmo jogo de mentiras ou disfarces ou alternativas ou alter-egos ou defesas ou segundos sentidos, ou faces lunares ou seja-lá-o-que-for, que confere fascínio a uma personalidade.
Se fossemos todos transparentes correríamos o risco de ninguém dar conta de nós.
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